8 de mar. de 2014

Joaquim Barbosa diz que não será candidato à presidência nem entrará na política

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, disse que não será candidato à Presidência, como cogitam alguns políticos.


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, disse que não será candidato à Presidência, como cogitam alguns políticos.

"Não serei candidato a presidente. Realmente não quero. É lançar-se, expor-se, a um apedrejamento", disse à revista "Época".

Barbosa afirmou que não tem planos de entrar para a carreira política. "Não me vejo fazendo isso. O jogo da política é muito pesado, muito sujo. Estou só assistindo a essa movimentação", afirmou.

Pesquisa Datafolha feita no mês passado mostrou que Joaquim Barbosa e Marina Silva (PSB) poderiam levar a eleição presidencial para o segundo turno.

Barbosa teria 14% dos votos, dois pontos acima do candidato tucano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo o Datafolha. Marina ficaria com 17% dos votos num cenário em que a presidente Dilma Rousseff lidera com 40%. O presidente do Supremo disse à "Época" que se incomoda com o discurso de partidos, como o PV e o PSB, que citam seu nome como um filiado desejado. De acordo com ele, nenhum partido o procurou-o até agora.

"Ninguém veio diretamente falar comigo. Fui ao Congresso, ouvi um zum-zum-zum, está cheio de emissário querendo chegar." Barbosa afirmou que não acha correto negociar com partidos enquanto for ministro do Supremo.

"Não recebo ninguém aqui. Em primeiro lugar, acho que não seria apropriado eu, como presidente do Supremo, sair por aí fazendo negociações políticas. No dia em que sair daqui, estarei livre para fazer isso. Em segundo lugar, não dou, nunca dei espaço para esses donos de partido ficarem... não, nunca".

Barbosa contou que pretende se dedicar a um projeto em defesa da igualdade racial depois que deixar o STF. O ministro reclama que foi por conta de racismo que não conseguiu ser aprovado no concurso do Itamaraty, quando pretendia seguir a carreira de diplomata. 


Folha de S. Paulo